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KLEBER OJIMA: O FENÔMENO DO BEISEBOL BRASILEIRO

ÍDOLOS DO BEISEBOL BRASILEIRO


O personagem desta semana é Kleber Tomita Ojima, nosso pitcher que encantou o mundo e foi o primeiro atleta brasileiro a jogar no beisebol profissional de Taiwan.

Perfil

Kleber Ojima em ação pelo Macoto Cobras

Idade: 38 anos
Posição: Pitcher (arremessador)
Equipes que atuou: Tozan/Campinas, Mogi das Cruzes, São Paulo, Mitsubishi Hiroshima/Japão e Macoto Cobras/Taiwan
Como treinador: Centro de Treinamento Espaço Beisebol, Centro de Treinamento Yakult/Ibiúna, Cooper Clube e Medicina/USP
GraduaçãoFormado em Fisioterapia pela Faculdade do Clube Náutico Mogiano e pós-graduado em fisioterapia esportiva pela UMC
Time da MLB: “Kansas City Royals, em especial por estar torcendo pelo Paulão”.
Melhor pitcher da MLB: Greg Maddux, Roger Clemens e Pedro Martinez
Melhor pitcher da atualidade: Madison Bumgarner do SF Giants pela performance na última temporada

Início

Kleber Ojima, incentivado pelas atuações de seu pai Mario na categoria de veteranos, logo reuniu-se com seu irmão Thiago e juntos decidiram pedir ao pai que o colocassem na equipe mirim do Tozan/Campinas.

“Vocês sabem o que estão pedindo para seu pai? Sabem que só quero o melhor para vocês, então vou permitir que pratiquem o beisebol, mas terão que aceitar algumas regras, como treinar durante a semana e aos finais de semana, depois de estudar, treinar, nas horas vagas treinar, todos os dias. Nos feriados, concentração, carnaval, nem pensar, enfim, vocês serão atletas responsáveis, cientes de que sem dedicação e perseverança ninguém vence na vida...” – trecho do livro Arremessos Vencedores – Biografia de Kleber Ojima, por Nivaldo Marangoni.

E assim, com uma conversa franca com seu pai, foram levados ao campo.
A rotina de treinos incluía sábados, domingos e feriados, além de durante a semana treinar com seu avô Shinzo, sempre com anotações precisas de sua mãe, Rosa.

Mogi das Cruzes

Aos 16 anos e algumas convocações para a seleção brasileira, Kleber em busca de uma equipe com melhor estrutura de treinamento e seguindo os passos de seu irmão Thiago, mudou-se para Mogi das Cruzes, equipe tradicional do beisebol brasileiro e com muitos títulos nacionais.
  
Logo foi recebido na casa da família de Michiaki Yamamoto, técnico da equipe de Mogi e da seleção brasileira, também recebeu como coirmãos Kooiti e Karina e uma segunda mãe, dona Yoko.

Dentro de campo foi comandado, na maioria das temporadas, pelo renomado técnico da equipe e seleção nacional, Mitsuyoshi Sato. Dentre muitas alegrias e algumas broncas também, chegou ao auge da sua carreira com o técnico.

Mudar-se para Mogi significava um passo importante para o crescimento técnico de seu beisebol, pois ali estavam os melhores técnicos do Brasil, além de Sato e Yamamoto, tinha ainda Noboru Nakashima, Kazuo Muraoka e Roberto Nakahori, contou ainda com o apoio do preparador físico Sérgio Leite.

Copa do Mundo de beisebol

#74 Kleber Ojima, o número da sorte

Com uma carreira vitoriosa em território nacional e boas atuações em campeonatos pan-americanos, faltava conquistar o mundo.

A Copa do Mundo de beisebol em 2003 disputada em Havana, Cuba, foi o ápice de uma geração vencedora da seleção brasileira. E o grande protagonista? Kleber Ojima.
Com atuações destacadas contra México e Holanda, a seleção brasileira chegou as quartas de final da competição e enfrentaria os donos da casa, detentores de 23 títulos mundiais e três medalhas de ouro olímpicas.

O estádio Latino-americano com 50.000 pessoas presentes foi o palco de um dos melhores jogos da história da seleção brasileira. Com arremessos impecáveis de Kleber, o Brasil liderou o placar por 8 entradas e esteve muito perto de uma vitória épica, mas o cubano Kendry Morales, hoje atuando na MLB, acabou com o sonho brasileiro rebatendo um home run na 9ª. entrada, para delírio dos cubanos que vibraram com a virada, mas também aplaudiram de pé nossa seleção.

“Foi uma emoção muito forte ver o estádio lotado aplaudindo a nossa equipe, mesmo na derrota. Eu chorei mesmo, bastante...” – Kleber Ojima, no trecho do livro ”Arremessos vencedores”.

Esta partida ficou marcada para sempre, inclusive para os cubanos, que noticiaram nos principais jornais do país a atuação da seleção brasileira e com destaque para Kleber, que posteriormente seria eleito o melhor arremessador da competição.

“Quando fui chamado para dar entrevista coletiva todos os jornalistas presentes se levantaram e me aplaudiram, algo que eu nunca tinha visto. Foi assim durante os demais dias que ficamos em Cuba, com o povo nos parando nas ruas, nos reconhecendo e pedindo autógrafos. ” – trecho do livro.

Taiwan


Com o sucesso na Copa do Mundo, Kleber foi contratado em 2004 pela equipe do Macoto Cobras de Taiwan e tornou-se o primeiro atleta brasileiro a conseguir esse feito. Por lá virou ídolo, ganhou fã clube e saiu em capa de revista, mas amargou também a primeira contusão da carreira; cirurgia no ombro.

Voltou ao Brasil para a cirurgia e recuperação, motivado em disputar a Copa do Mundo na Holanda em 2005 e dos Jogos Pan-americanos do Rio 2007, Kleber dedicou-se muito, teve medo de ter de abandonar a carreira, mas perseverante e graças aos fisioterapeutas Ricardo Takahashi, Nelson Morini e Estevão Sato conseguiu dar a volta por cima e retornar aos campos. Mas não a tempo de disputar a Copa do Mundo de 2005, o sonho de voltar a seleção ficou por conta do Pré Olímpico de 2006.

Em 2007, disputou o Pan do Rio como maior nome da seleção brasileira e grande esperança de medalha para o Brasil, infelizmente terminamos na 7ª. colocação.

Vendo Kleber recuperado da cirurgia e voltando a sua grande forma, o Macoto Cobras contratou-o para a temporada de 2007. Em sua segunda passagem pela equipe, Kleber obteve o mesmo sucesso de antes com grandes atuações.

Um exemplo de superação e perseverança!

Brasileiros na MLB


Atualmente fora dos campos de beisebol e vivendo no Canadá, Kleber acompanha os brasileiros na MLB e deixa uma frase de Joe DiMaggio, lenda do beisebol norte americano:

“There is always some kid who may be seeing me for the first or last time, I owe him my best”. – Joe DiMaggio. Ou seja, “Sempre haverá um garoto que pode estar me vendo pela primeira ou última vez, eu lhe devo o meu melhor”.


“Sempre que eu entrava em campo lembrava dessa frase, acho que é muito válida para todos que desejam ser grandes profissionais, no esporte e na vida”. – Kleber Ojima.

Para quem conheceu e acompanhou a vida e a carreira de Kleber, sabe que esta frase ilustra bem a trajetória de vida dele, sempre fazendo o seu melhor!

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1 Comentários

  1. Lo vi pitchear aqui en la Habana. Fue tremendo juego. Estuvo indescifrable para los bateadores cubanos durante todo el partido. Se ganó el respeto de los aficionados cubanos.

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